28/02/2018

Tributo ao "Habeas Pinho"

Aviso: postagem republicada aqui.
ÍNDICE
   Preliminar
1 Observando a postagem
2 Ronaldo: poeta e advogado
3 O violão por extenso
a) Dilermando Reis
b) Vilamar: "Meu Lamento"
c) Nelson Gonçalves
d) Canto na igreja
    Finalmente
a) Agradecimento
b) Jurisprudência atenuante

POEMA

Preliminar

postagem foi por mim,
curiosamente, escolhida;
e foi, do começo ao fim,
quatro ou cinco vezes, lida.

Ouvi por uma semana.
Foi grande a satisfação
— cearense e paraibana —
que senti no coração.

Fez-me dar esta resposta,
em versos de emoção,
por se tratar de quem gosta
de música e de violão.

1 Observando a postagem

Tema simples, caso raro,
fácil de poetizar:
“um jurista achou amparo
no pedido e no penar”.

Vi um advogado amigo
nessa petição que enceta
a volta, ao ninho antigo,
do violão de um poeta.

De boêmio e seresteiro
com voz afinada ou rouco;
De músico, de violeiro,
muitos de nós têm um pouco.

De promotor e juiz,
temos também uma veia,
para tirar um infeliz
da suspeita ou da cadeia.

2 Ronaldo: poeta e advogado

Uma vez, ouvi falar
em Ronaldo Cunha Lima —,
que, além de governar,
encantou com a sua rima.

Só não estou bem lembrado.
Mas parece que sofreu
um abalo (ou atentado?),
e ao mesmo, sobreviveu.

Eu não sabia da história
onde um poeta, causídico,
ficou assim, na memória,
gravada em texto jurídico.

3 O violão por extenso

a) Dilermando Reis
Gente sorriu e chorou
ao som do pinho e bordão.
Dilermando Reis reinou
nas cordas de um violão.

“A marcha dos marinheiros”,
quem não ouviu? é bonita!
Não precisa de pandeiros
a música “La cumparsita”.

b) Vilamar: "Meu Lamento"

Foi Vilamar Damaceno
quem, na praia, perguntou
ao Vento, pelo aceno
da mulher que ele amou.

Foi tocando violão
que ele cantou, lamentando
esse Amor feito paixão
que o estava deixando.

c) Nelson Gonçalves
Quase assim Nelson cantou:
“...Meu violão, meu amigo,
saudades que ela deixou,
hoje eu amargo contigo...!”.

d) Canto na igreja
O violão, numa igreja,
é mais sonoro que o sino;
e junta-se a quem esteja
cantando louvor ou hino.

Finalmente

a) Agradecimento
Agradeço ao remetente,
à Internet e a quem mais
contribuiu para a gente
ter menestréis e jograis.

b) Jurisprudência atenuante

Se, naquele acontecido,
o Excelso Magistrado
não tivesse concedido
“deferimento” ao culpado,

O que seria, atualmente,
de petição semelhante —
com norma “jurisprudente”
há meio século, agravante?

Notas:

Poemeto motivado por esta Postagem da Internet: 

Possivelmente Habeas Pinho é uma locução derivada de Habeas Corpus que, segundo o dicionário de Houaiss, é termo jurídico (locução substantiva): ação judicial com objetivo de proteger o direito de liberdade de locomoção lesado ou ameaçado por ato abusivo de autoridade.

Esse texto em verso alude à postagem referenciada e tem a pretensão de prestigiar as pessoas que se relacionam com a mesma.

26/02/2018

17/02/2018

Proverbiais

Intromissão de pensamento
Sei que não faço provérbio.
Mas faço tópico frasal*:
sujeito, verbo e advérbio...
dão frase proverbial.

*Ideia principal em uma ou duas frases. Clicar aqui:
"Devagar se vai ao longe"
— disse o pai ao motorista 
e a paciência de um monge
também viaja na pista.

     Provérbios com similares
Quem não guarda, a pedir, vem.¹
Quem se incomoda, debanda.²
Quem pede, fica refém.³
“Quem quer, vai; quem não quer, manda.”*

¹Redução do provérbio "Quem não guarda o que tem, a pedir vem".
²Similar do provérbio "Os incomodados se retiram".
³Frase proverbial nossa.
*Provérbio. 

      Versos proverbiais
Quem tem fogo manda brasa.
Quem se faz de doido pensa.
Quem se casa compra casa.
Cada filho é uma sentença.

      Conversa, desconversa
Diga sempre que vai bem
ao amigo de jornada.
Aos outros, diga que tem
"um chapéu e uma estrada".

      A "vela da Vida"
Quando a pessoa entender
que “a Vida é uma vela acesa”,
vai olhar como a acender
e tê-la guardada, presa.  

      Jurisconsulto
Em certa instância,/
a jurisprudência/
— mais do que a lei /
tem muita coerência. 

      Rei e rainha
A mulher é uma rainha
que reina como governa;
o homem é rei que caminha,
dando-lhe a defesa terna. 

13/02/2018

Quadrinhas de Carnaval 2018

Mundial
De certeza mundial,
como viagem de trem,
é assim o Carnaval:
todo ano vai e vem.

Fervor

O preparativo flui
com fervorosa esperança
de que a Festa contribui
para o renascer na dança.

Beleza

Quanto riso, que beleza!
Toda mulher sabe disso.
E o homem, na correnteza,
quer se tornar pegadiço.

Temático

O Carnaval é folclórico,
artístico e cultural;
mas aborda tema histórico,
político e social.

Fala em criminalidade,
corrupção e violência,
alertando a sociedade
com alegórica advertência.

Carnaviu
Semana de Carnaval,
depois é de carnaviu*:
as Cinzas trazem sinal
de que o Rei Momo sumiu.
*neologismo (palavra nova, derivada de outra já existente).

Desânimo
Deixa um ânimo que se vai
quando menos se espera,
qual o morador que sai,
e a casa vira tapera.

Máscara

Muita "face de criança"
vira uma "cara ranzinza"; 
vai-se o renascer na dança,
vem o renascer na cinza.

Rotina

A vida volta ao seu rumo,
sem fantasia ou festança;
na relação de consumo,
começa a haver mudança.

Tresvario

Ao comprar os cereais,
um folião fraco e broco
tem de pagar cem reais,
dá cinquenta e pede troco.

Porta errada
Outro, que se extravasa,
volta, errando o caminho:
quer entrar na sua casa,
bate à porta do vizinho.

Zigue-zague

A um, que a noiva esperava,
ela não fez companhia:
quando ia, ele voltava,
quando voltava, ele ia...

Fanática

Uma foliã perde o foco:
vai trabalhar seminua,
pensando que o seu Bloco
ainda está na rua.

Monossilábico: sim, não, "ok"

Contraponto ao conselho bíblico 
"Ao serdes perguntado, 
dizei somente 'sim, sim; não, não', 
pois o que passar daí vem do mal'".

Muito monossílabo soa
como falta de atenção.
Nisso o diálogo distoa,
feito só de indagação

e as perguntas ficam à toa
com o monótono "sim ou não...".

"Até sapo, na lagoa,
coaxa em diapasão."
E a conversa só é boa*
quando existe interação.
*Nota: quer dizer: boa conversa (agradável), e não conversa boa (bondosa).

Poemeto com 2 quartetos e 1 dístico.

Olhar feliz, belo infinito

       Olhar feliz
A felicidade existe
nos olhos de uma pessoa
que, mesmo, vivendo triste,
pense que a Vida é boa.

      Belo infinito
Na palavra Universo
como no todo Infinito,
existe mais do que verso:
é achar o Mundo bonito...

11/02/2018

Quadrinha e aforismo na estrofe

ÍNDICE
1 Intenção e utilidade
2 Antecedente e percepção
3 Noção geral com exemplos
3.1 Tipos e nomes de estrofes
3.2 Quadra, quadrinha e trova
3.3 Exemplos de quadrinha e de trovas
4 Suposta novidade
4.1 Quadra dentro e fora da estrofe
4.2 Quadrinha e aforismo na estrofe
4.3 Resumo e curiosidade
4.4 Ilustração poética
4.5 Exemplos de quadrinha na estrofe
4.6 Exemplos de aforismo na estrofe
Notas: 
1) considerando o tema simples demais, elaborei o Índice para que o Leitor vá direto ao assunto que lhe interessa.
2) Índice não traz o número das páginas e Sumário contém essa numeração.

1 Intenção e utilidade

Neste ensaio, pretendo identificar "estrofe dentro de estrofe": quadra, quadrinha e trova, bem como aforismo de 1, 2 e 3 versos  que estão sutilmente encaixados dentro de outras estrofes com 5 versos ou mais.


Uma utilidade seria despertar a atenção do leitor para localizar esses tipos de estrofe, por meio da sua própria inteligência. Isso o ajudará quando for interpretar um poema, já sabendo que é provável o surgimento deles em qualquer parte (na sequência de pensamento do autor).


Outra utilidade é a sugestão subliminar para alguém escrever poema, consciente de que pode usar esse artifício válido para "atribuir ao seu verso uma feição estilística": eu, por exemplo, faço muito isso, e a minha poesia contém aforismo que eu mesmo invento.


2 Antecedente e percepção


Inúmeros poetas fazem estrofe (Sextilha, Sete Linhas e Décima)  contendo pelo meio, no começo ou final  um monóstico, um dístico, ou um terceto, refletindo implicitamente a noção de "aforismo"; ou ainda um quarteto-quadra com o aspecto de "quadrinha". Cada estrofe pode ter um ou mais elemento desses.


Percebi esse fato, por acaso, durante a reflexão de estrofes desse tipo. Deduzi que esse feito ocorre de modo intencional ou circunstancial, mas dentro do seu contexto poético.


3 Noção geral com exemplos


3.1 Tipos e nomes de estrofes


Monóstico: estrofe com 1 verso. 
Dístico ou Parelha: estrofe com 2 versos. 
Terceto ou Trístico: com 3 versos. 
Quarteto ou Quadra: com 4 versos. 
Quintilha: com 5 versos.
Sextilha: com 6 versos.
Sétima ou Sete Linhas: com 7 versos.
Oitava: com 8 versos.
Nona: com 9 versos.
Décima: com 10 versos.
Irregular: com 11 versos ou mais.
Nota: as estrofes sublinhadas são aquelas que vão ser "trabalhadas" aqui.

3.2 Quadra, quadrinha e trova

Gradação crescente de importância

No meu conceito, pressuponho esta gradação crescente: a quadra ou quarteto é uma estrofe qualquer de 4 versos dentro ou fora de um poema; a quadrinha já é uma quadra extraordinária, com maior expressividade, fora de um poema; e a trova é uma superquadrinha, clássica, também fora de um poema.

O poeta que faz trova é trovador; o que faz quadra e quadrinha não tem denominação especial; é por isso que eu não me chamo "trovador".

a) Quadra poética. Quadra ou quarteto é um conjunto de quatro versos juntos, que pode estar dentro da estrofe (é o quarteto) ou fora de uma estrofe (é a quadra). Um soneto, por exemplo, tem dois quartetos; em muitos sonetos, cada quarteto faz sentido completo, mesmo se ficar isolado; eu induzo que, fora do soneto, o quarteto poderia logo se chamar "quadrinha".

b) O que é a Quadrinha? É uma quadra especial, fora da estrofe; é precisamente uma estrofe autônoma, que deve atender a esta condição: transmitir uma ideia completa, uma pequena ou grande mensagem isoladamente. Na quadrinha, o 2º verso rima com o 4º, e os outros dois não precisam rimar (rimas abcb).

c) Trova

Posso convencionar que a quadrinha com uma grande mensagem, célebre, passa a chamar-se trova.

E o que é uma Trova? É uma superquadrinha, especialíssima de conteúdo; além disso, deve rimar o 1º verso com o 3º, e o 2º com o 4º (abab); rima também o 1º verso com o 4º e o 2º com o 3º (abba).

3.3 Exemplos de quadrinha e de trovas

Modéstia à parte, toda (e qualquer) estrofe anotada como exemplo neste ensaio é da minha autoria, ainda que a trova seja só um arremedo.

Exemplo de uma Quadrinha (com rimas ABCB):

      Ladrão na porta 
Vi o dia amanhecer,
fui abrir o meu portão;
quando eu menos esperei,
"dei de cara" com o ladrão.

Exemplos de Trovas

com rimas ABAB: 
      Tempo e atividade
Uma conclusão é esta,
para os anos de idade:
quanto menos tempo resta,
mais aumenta a atividade. 

com rimas ABBA: 
      Dependência
Hospital estabelece
relação de dependência
entre o médico de emergência
e a pessoa que adoece.

4 Suposta novidade

Não realizei pesquisa a fim de saber se já existe algum estudo sobre as anotações que estou fazendo aqui. Foi por isso que as chamei Ensaio*. Se houver, não criei nada: terei feito uma repetição intuitivamente...
*Clique aqui: 
georgemarques.com.br/escrevendo/os-tipos-de-texto

4.1 Quadra dentro e fora da estrofe

Se a quadra estiver dentro da estrofe, não fazendo ou fazendo sentido sozinha, não passa de uma quadra ou quarteto, enquanto não sair da mesma.

Porém, quando a quadra contém uma ideia completa e pode sair da sua estrofe (mantendo a mensagem da quadra), eu induzo que pode também se chamar "quadrinha" (cuja importância varia com a opinião do leitor), inclusive, podendo ser recitada ou musicada isoladamente em "sarau", visto que a quadrinha é "muito querida", com bastante aceitação popular; pode ser elevada à categoria de trova (ver seção 3.2 Quadra, quadrinha e trova).

suposta inovação é o fato de eu ter observado essa quadra com sentido próprio dentro de uma estrofe e retirá-la da mesma, fazendo explicações para atribuir-lhe um nome genérico, derivado: "quadrinha na Sextilha, quadrinha nas Sete Linhas e quadrinha na Décima"; foram as três mais encontradas por mim, sendo que ainda se pode achar em qualquer estrofe a partir de 5 versos, notadamente no Soneto (uma composição de 14 versos).

4.2 Quadrinha e aforismo na estrofe

quadrinha na estrofe é uma quadra com sentido próprio, que pode ser copiada da estrofe, para "seguir sozinha" ou entrar em coleção de quadrinhas; ou conforme seja o valor da sua mensagem, pode virar uma trova.


trova na estrofe já será difícil aparecer, visto que é uma quadrinha célebre, mas, teoricamente, nada impede sua repercussão fora da estrofe até alcançar esse elevado nível


aforismo na estrofe pode vir no terceto, no dístico, no monóstico que, isoladamente (fora da estrofe), cada um forma uma ideia completa, uma pequena mensagem, como se faz ou se acha no soneto.


4.3 Resumo e curiosidade

Em resumo, é o seguinte: estando fora da estrofe da qual faz parte, uma quadra pode ser chamada "quadrinha"; o terceto, o dístico e o monóstico já podia (cada um) virar um "aforismo em verso". O verso pode ser de qualquer tamanho: qualquer número de sílabas poéticas (ou métricas).


Curioso é que um poeta pode também incluir um aforismo qualquer na sua estrofe (entre aspas e dentro da sua linha de pensamento). Esse é que mantém mesmo a sua função própria quando sair da estrofe, de volta para o mundo aforístico. 

A propósito, acrescento que o excerto  um trecho ou fragmento, extraído de um texto ou de uma obra (texto maior)  contém uma ideia completa, que pode virar uma grande mensagem (aforismo), seja em verso ou em prosa.

4.4 Ilustração poética

Eis uma forma poética de falar sobre a quadra na estrofe:


      Quadra, quadrinha

Quadra¹ que vira quadrinha²
quando sai de uma sextilha,
vira uma estrofe "andorinha"
que, sozinha, faz a trilha.
¹Quadra: quatro versos juntos (o soneto tem duas quadras); em muitos, cada uma faz sentido completo, se ficar isolada; fora do soneto, poderia se chamar quadrinha.
²Quadrinha: poemeto de quatro versos que dão sozinhos a mensagem completa, como é a trova.

4.5 Exemplos de quadrinha na estrofe


a) Em Décima:
      Solidão, menor mal
      Ou: solidão, doença e morte. 
Acostuma-te a viver
nos braços da Solidão,
sem receber atenção
de quem a querias ter.*
Se chegares a adoecer
e o teu mal não tiver cura,
irás para a sepultura,
que ainda não é o fim:
é morada em um “jardim
de areia, chuva e amargura”.
*Esssa quadra sublinhada pode virar uma quadrinha ou trova, porque, isoladamente, faz sentido completo, como se fosse uma "quadrinha", o que acontece também com a quadra do soneto.

b) Em Sete Linhas
      Lisonja fofoqueira
Muitas vezes o elogio
não é louvor verdadeiro,
mas, sim, atalho ou desvio
do "propósito interesseiro",*
que ainda conta fofoca,
para receber em troca
favor, poder ou dinheiro.
*Esssa quadra sublinhada pode virar uma quadrinha ou trova, porque, isoladamente, faz sentido completo, como se fosse uma "quadrinha", o que acontece também com a quadra do soneto.

c) (Falta exemplo em Sextilha)

4.6 Exemplos de aforismo na estrofe


a) Aforismo de 1 verso ou monóstico (sublinhado)
       Jardim e carruagem¹ ²
O prelúdio é importante:
“no começo, tudo é flor”³;
tenha-se luz ao dispor,
desde já: principiante!
Na direção do Levante*,
“Pra frente é que as malas batem”**.
Não só guerreiros combatem.
Na luta, colhe-se a graça
e “a carruagem passa
enquanto os cachorros latem”***.

¹ Moral da estrofe: realizar a tarefa bem-feita — do começo até o fim — para colher os frutos do trabalho (qual um jardim sempre zelado para dar flores).
² ³ Contraposição proverbial: “E no começo tudo são Flores, depois aparecem horrores!" (Bárbara Cleide).
Levante: com sentido de “reagir para enfrentar a luta ou a crise existencial”.
** Para frente é que se caminha.
*** "Os cães ladram e a caravana passa” quer dizer “ir em frente sem dar importância”.

Os adágios são de conhecimento público, estão na Internet.

b) Aforismo de 2 versos ou dísticos (sublinhados)
     Composto existencial, dialético
Como seres hisricos, precisamos
entender que a Existência é composta:
"não é  do bastão de que o rei gosta,
mas também do poder que lhe tiramos".
Infindáveis problemas, enfrentamos,
do repouso ao posto de trabalho...
Nossa vida é um jogo de baralho
cujas cartas, nem sempre, escolhemos¹.
É perdendo e ganhando que vivemos 
a fazer ponto certo e ponto falho².
¹ ²Cada par de versos sublinhados pode ser um dístico de aforismo existencial.

c) Aforismo de 3 versos ou terceto (sublinhado)

      Tercetos do sábio
Um sábio precisa ter
cuidado para ensinar
só a quem quer aprender.

Quem não quer ou sabe tudo,
convém mais ele escutar
atento e mudo ou sisudo.

Observações: 
1) O pronome eu na linguagem foi usado para tornar o ensaio mais claro, visto que o plural de modéstia nós ou a forma impessoal dificulta o endendimento das ideias.  
2) A quadrinha e a trova não recebem título. Mas eu costumo atribuí-lo a toda estrofe que faço e assim as coloquei nesta matéria.
3) Talvez o tema em evidência aqui seja simplório para tanto corolário, gerando "muita conversa para pouca conversão"; mas o Leitor sempre fica somente com a parte que interessa mesmo.

Notas de revisão: 

1) Uma regra gramatical dos Numerais estabelece que o número seja escrito por extenso quando tem só uma palavra, por exemplo, cem; e com algarismo, quando tem mais de uma palavra, por exemplo, 120. Mas, quando se têm muitos números, é permitido escrever todos com algarismo a fim de facilitar o entendimento; foi essa última regra que adotei neste ensaio. 
2) Uma regra redacional ensina que não se deixa uma palavra isolada na última linha do parágrafo, notadamente no final da página; mas não foi possível obedecê-la aqui devido à minha dificuldade na formatação do Blog.